domingo, 11 de agosto de 2013

O CARA QUE EU CHAMO DE PAI

twitter: @romanofeed
"Qualquer idiota pode se deitar e fazer um filho,mas é preciso ser um homem sério para se  levantar e ser pai!"

Uns vão me chamar de Clichêsim é muito Clichê, mas como hoje é dia dos pais e iremos passar o dia ouvindo historinhas e "frases feitas" nas redes sociais, resolvi desabafar.

É, hoje é o dia do cara que você chama de pai, este que não precisa de fato ser o marido da sua mão, este que não é regra ter o mesmo tipo sanguíneo que o seu, este que sumiu ao saber da sua existência ou este que apareceu por você existir. O diferencial em ser o pai é que apos uma noite calorosa de sexo tudo volta a ser como antes (necessariamente não precisa ser a noite, e o sexo não precisa ser dos melhores, afinal é apenas mais uma trepada), como homem não engravida os próximos nove meses serão de total responsabilidade da "mãe", enjoo, dores nas costas, pré natal, em fim, para o pai fica a obrigação de dar uma condição de vida melhor para a criança, amor, carinho e... (e mais nada, na maioria das vezes o pai entra apenas com o esperma e a parte financeira!).

Maturidade, esta é a palavra!. A umas semanas atrás assisti ao filme "juno" e a protagonista da historia (que dá nome ao filme), percebendo que o rapaz com quem ela tinha transado estava com vergonha por que as pessoas estavam o encarando e comentando sobre o fato, ela simplesmente falou que para ele era fácil, que ele estava igual como era antes, mas no caso dela era mais difícil por que alem de todos estes problemas ela  estava gravida e isto não tinha como esconder.

Nada mais justo que falar um pouco do meu pai, o meu pai nunca foi o pai do ano muito pelo contrário,a gente nunca se deu muito bem (vivíamos em litígio), devido uma série de coisas as brigas frequentes em casa, o álcool ou talvez a forma como ele foi criado pelo pai (olha eu tentando por a culpa em alguém), ou talvez seja por se sentir culpado por não poder nos proporcional a vida que que a gente queria ou merecia, por chegar em uma certa idade e ver que todos os seus planos de adolescência não passaram de "planos!" e que muitas vezes magoamos que amamos não por maldade mas sim por sermos assim e nem sempre encontramos a palavra certa.

Uma vez uma amiga me falou uma frase que reflito até hoje, "o duro não é criar um filho sozinha, o duro é depois de criado ele agradecer ao pai", o pior é que tenho que concordar, mas a vida é assim as pessoas correm atrás do que não tem (no caso o pai), e assim que o pai abandona-lo com fez uma vez, ele tem o seu  ponto seguro (a mãe) que não exitará em recebe-ló de braços aberto. Isso acontece entre parentes, amigos, namorados é a lei do "quando quebrar a cara volta".

Não guardo muitas lembranças do meu pai (sim, ele morreu), talvez por que escolhi esquecer esta parte da minha vida e com a gente não se dava muito bem não senti muito a sua falta, mas confesso que quando o vi morto não me segurei (nunca chorei tanto em minha vida) não diria que o meu mundo acabou, mas a partir da quele momento percebi que as nossas discussões, todo o ódio, que aquilo tudo de nada adiantava mais, que aquela era a ultima vez que eu o veria. O tempo passou e eu notei que morto vira santo, quem esta vivo esquece, e que arrependimento não existe.

Como diz o meu irmão quando é perguntado sobre o meu pai: "ele trabalha no metrô!". Desde a sua morte lá se foram quatro anos, a gente mudou de cidade, a minha mãe se casou novamente e do meu pai restou apenas a lembrança três vezes ao ano (aniversário de nascimento, e de morte e o dia dos pais), e como o tempo passa e a gente vai junto estou eu aqui lembrando de um passado não tão distante, mas que fez toda a diferença...

A morte é uma esperança.
O presente é um cochilo.
O futuro é um suspiro que se repente indeterminadamente.



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